quarta-feira, 8 de junho de 2011

Reencontro de Mãe e Filho

Reencontro de mãe e filho sempre é repleto de emoção. Não é diferente o reencontro entre artista e arte. Nos enxergamos no filho, mesmo percebendo a pessoa desconhecida que na verdade é. Nos vemos em nossa arte, mesmo quando ela adquire vida própria e se lança no mundo, valente e destemida; eles fazem parte de nós, como se não existíssemos mais sem eles, apesar de eles terem suas vidas, seus próprios destinos. Visitei a amiga Vivien, em seu escritório particular e, no amplo espaço que compõe o escritório, quatro obras minhas testemunham o dia-a-dia dos negócios. Na sala de reuniões, estrategicamente posicionado no alto da cabeceira da mesa, o quadro "verde disperso em tons" ameniza todas as agruras das decisões ali tomadas. Ele é meu, eu o pintei, passo a passo, detalhe por detalhe, mas, vendo-o ali, altivo e independente, nem parece ter sido minha criação. Aprecio as cores e formas; ele toca minha emoção e desconheço alguns propósitos destas formas e cores que dão a ele toda esta personalidade.

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